sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Estados, Modelos e Ideologia

   Na economia existem quatro modelos. Estes modelos, conhecidos como modelo-padrão ou paradigma, surgiram como maneiras de gerir os recursos e necessidades a partir de ideais em uma sociedade.

Descritos de modo simplificado, seguem abaixo, pela ordem em que surgiram para o mundo:


   Clássico:


   No modelo Clássico, sua ideologia determina que o estado tem função básica, é responsável por gerir e regular estas mesmas funções, existe, é soberano e há identidade nacional!
   A sociedade, como força de trabalho, tende para a especialização de produto ou serviço especifico dado a natureza desta mesma sociedade / estado, buscando em outras sociedades / estados, os demais produtos para o seu consumo.
   O produto e serviço tem caráter subjetivo, ou seja, um produto ou serviço, tem valor a partir do gosto ou uso do mesmo, não havendo estas condições, o produto ou serviço não tem valor.

   Os representantes deste modelo são: Adam Smith e David Ricardo.



    Marxista:

   No modelo Marxista, sua ideologia determina que o estado controla e regula todo modo de produção, existe, é soberano e há identidade nacional!
   A sociedade, como força de trabalho, divide e recebe de maneira igualitária o produto e serviço do trabalho, sendo o mesmo especializado e generalizado, não existindo qualquer distinção, buscando ou enviando, caso necessário, produtos diversos para sua ou outra sociedade / estado.
   O produto tem caráter objetivo, ou seja, um produto ou serviço tem sempre valor independente do gosto ou uso, pois alguém trabalhou para que ele existisse.

   O representante deste modelo é Karl Marx.



    Keynesiano:

   No modelo Keynesiano, sua ideologia determina que o estado tem função principal no controle e regulação da economia, existe, é soberano e há identidade nacional!
   A sociedade, como força de trabalho, tem produtos e serviços diversos, de modo especializado e generalizado, buscando e enviando para outras sociedades / estados, os diversos produtos.
   O produto e serviço, como no modelo Clássco, tem caráter subjetivo, ou seja, tem valor a partir do gosto ou uso do mesmo, não havendo estas condições, o produto ou serviço também não tem valor.

   O representante deste modelo é John M. Keynes.



   Neo-Clássico:

   No modelo Neo-Clássico, sua ideologia determina que o estado pode existir, mas com função mínima, não havendo qualquer regulação ou controle pelo mesmo, pois o mercado é auto-regulado, sendo desejável não haver soberania e identidade nacional.
   Este é o único modelo que nega a existência de ideologia.
   A sociedade, como força de trabalho, assim como no modelo Clássico, tende para a especialização de produto ou serviço especifico dado a natureza desta mesma sociedade / estado, buscando em outras sociedades / estados, os demais produtos para o seu consumo.
   O produto e serviço, também como nos modelos Clássico e Keynesiano, tem caráter subjetivo, ou seja, um produto ou serviço, tem valor a partir do gosto ou uso do mesmo, não havendo estas condições, o produto ou serviço não tem valor.

   Os principais representantes deste modelo são: Jevons, Walras, Pareto, Marshall e Fisher.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Suicídio coletivo!


   Nestes tempos de crise, vejo o enorme absurdo que vem acontecendo no velho continente.

   Atropelados pelo mundo financeiro, os países do Euro, liderados pela Alemanha, caminham firmemente para o atoleiro!!

   O engraçado (na realidade, trágico), é que o maior mercado de exportação desta mesma Alemanha é a própria zona do Euro.

   A Grécia, lidera o suicídio, cortando direitos e benefícios da sua população, chamando de "austeridade" e agravando mais e mais a terrível situação herdada de governos malucos (ficaria polido dizer que são irresponsáveis, mas não seria correto) anteriores. O absurdo continua com a Espanha, Portugal e agora, a Inglaterra na mesma loucura financista.

   Lembro de um filme que mostra um dilema diferente, mas que demonstra bem o que ocorre no velho mundo hoje:

   O filme mostra a cena em que há uma conversa entre dois generais, de um país em guerra, debatendo sobre a tática ideal para defender um fiorde, e que o primeiro diz que a tática é um agrupamento de forças mais recuadas e o segundo diz que ela deve ser espalhada e mais próxima.

   Finda a discussão, um não concordando com a tática do outro, o primeiro general diz que aquele debate permanecerá acadêmico, pois a tática que será utilizada já foi decidida.

   O segundo general fica estarrecido em saber que o estado maior já havia decidido à revelia, e que o primeiro diz que aquela tática é absurda e inócua, e o segundo, concordando com as afirmações questiona o primeiro se ele não havia tentado argumentar que desta maneira seriam derrotados.

   O primeiro disse que já tentou diversas vezes, e que não tentaria mais. O segundo perguntou:  "Porque?" O primeiro respondeu: "Quando você tenta diversas vezes salvar alguem que alegremente tenta o suicídio, você se cansa, se afasta e passa a observar de longe."

   O trato do problema parece como o caso relatado, em que o FMI e outros asseclas após arrebentar com diversos países "periféricos", está aplicando a mesma overdose de veneno no velho mundo.

   Diversos alertaram sobre os danos, mas é aquela conversa de um mudo para um surdo.

   No teatro do absurdo, somente os bancos, falando como domadores e agindo como carrascos, jogam a população (sem qualquer escrúpulo de como deve ser tratado todo ser humano) num rio cheio de crocodilos famintos, como carne de 5ª com osso, jurando que alí está a bóia da salvação!